Revistas Infantis
Quando tinha oito anos de idade, um
dia, minha mãe me deu de presente algumas revistas infantis, com as histórias
clássicas da literatura universal: "A Branca de Neve e os Sete
Anões", "A Cinderela", "Os Três Porquinhos",
"Rapunzel", etc. Foi a partir daí que comecei a ler e não parei mais.
Inclusive, o livro mais grosso que li num único dia foi "Sem
Família", de 315 páginas.
No período do Ensino Fundamental, estudava na parte da tarde. Então,
acordava lá pelas oito da manhã e até às nove horas, já estava sentada, lendo,
e lia até ver o fim do livro. Quando cursava o Ensino Médio, estudava de manhã.
Então, lia na parte da tarde. Como minha mãe tinha uma biblioteca em
casa, todos os dias, eu ia de prateleira em prateleira para escolher o
que ia ler naquele dia. Havia também a biblioteca circulante que ela
havia montado na escola - também lia livros de lá.
Meu lugar de leitura era a sala. Minha avó, sentada na cadeira de
balanço, fazendo crochê, e eu, ao lado, numa poltrona, lendo. Ela perguntava:
"- Ane, (me chamava assim) que tanto que você lê, hein?! Assim vai gastar
as vistas!" E eu respondia: - que nada, vó. Não gasta não! E continuava
livro adentro.
Ler é navegar nas águas férteis da imaginação, através da visão e da
percepção de mundo de um outro alguém que se expressa por meio da linguagem
escrita.